Em 1994, integra a coletânea intitulada Carrocel de Nós. Esta publicação foi coordenada pela profª. Drª Conceição Vilhena, que aglomerou vários trabalhos de estudantes universitários. Este livro foi editado com a chancela da Universidade dos Açores.
Desse conjunto de poemas retirou-se o seguinte:
O RELVAS, O PESCADOR
O Relvas tem um crime
nasceu à beira mar
e o pai é pescador.
Não pode já ver o mar, mas ama-o!
Quis estudar,
todavia as quelmas
vieram encerrar-lhe o caminho do sonho
de Maio a Setembro.
Pois o mar chamava-o pelo nome,
desde há muito tempo!
É com o mar
que veste as calças de cotim e,
por cima da camisa,
o casaco de pano cru.
O mar é um grito, um canto amargo
e o Relvas que lhe pertence!
A cor do barco é branca
e tem um tira azul,
tem um nome, um pregão,
uma revolta, um apelo
e tem a mulher e os filhos do Relvas.
Há-de resistir-lhe um dia
e até o sal verá:
mas, o Relvas tem um crime...
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