02/02/2009

OBRA INÉDITA - 5

Com o livro inédito intitulado Fascínios do Infinito, no Prémio de Poesia Raúl de Carvalho, promovido pela Câmara Municipal do Alvito, em 1997, o autor arrecadou uma Menção Honrosa.
Deste conjunto de poesias retiraram-se os primeiros versos:
 
I
Vede aqueles navegadores
que lançaram raízes de luz
na proa
dos dias negros

Reparai nos outros marinheiros
que plantaram histórias
nuvens e mitos
nas faúlhas do nosso espanto

Olhai os nautas
que semearam credos
mares e silêncios
no goto
das proezas transparentes

2 comentários:

Rui Sousa disse...

Gostava de deixar uma questão que para mim é importante para ser leitor de determinados escritores, e que me deixa inquietado. Aquilo que escreve, da forma que escreve é feito de uma forma natural, é assim que gosta de o fazer, ou fá-lo apenas porque sabe que dessa foram deixará muita gente a pensar o quão o escritor em questão é realmente "inteligente", e consegue escrever coisas que ninguem imagina, gosta de ser diferente... Deixo esta questão nao estando a insinuar o que quer que seja. Depois mais tarde poderei começar a comentar a sua poesia gastadora de neurónios. Cumprimentos, Rui Sousa

josé manuel teixeira disse...

Antes de mais, registo o agradecimento pelas palavras simpáticas que me dirigiu. Quanto às questões apresentadas, posso repisar o que outros já disseram, sem entrar naqueles exageros de que poesía é o ar do vate e pela qual já tinha morrido inúmeras vezes,... Comecei a ler poesia nos bancos do 1º ciclo e como gostava decidi, por volta dos 10 anos, também escrever uns poemas rimados. Mais tarde a poesia torna-se mais sentimentalista e de "de temática amorosa mas que não era mais que uma choradeira própria da idade!" Como continuei a ler poesia e, paralelamente, a escrever, muito naturalmente que fora evoluindo, tendo, de vez em quando arrecadado prémios vários em jogos florais, em que concorria ao lado veteranos neste tipo de certames. Seguidamente, motivado por este reconhecimento decidi também publicar alguns dos meus poemas em jornais regionais. E quando me dei conta estava a concorrer com um conjunto de poesias a nível internacional com "Dezasseis Poemas de Circunstância" que alcançou o 2º prémio. E a partir daí tenho continuado a escrever, a concorrer a certâmes literários e a, por vezes, publicar. E como esta actividade me deu sempre prazer, sempre que posso - apesar de não ser fácil estar a escrever e reescrever até nos agradar à alma! - tento uns versos que acabam num poema e depois segue-se outro. E, alguns meses mais tarde, como facilemente se depreende têm-se um conjunto de poemas a que chamamos de livro! Todos nós fazemos expressões poéticas, diariamente, podemos é não nos aperceber e nem tentarmos escrevê-las, porque não nos emocionam, mas se reagirmos e as passarmos para o papel conseguir-se-á ter pequenas poesia!
Com um abraço
JMTeixeira